Hoje almocei com a minha amiga Mónica, que foi o ponto alto do dia.

Ela coitada lá veio de trás-do-sol-posto debaixo de um calor infernal nos transportes só para passar duas horinhas comigo (ainda há amizades incondicionais neste mundo...).
E ainda me trouxe um presentinho: uma linda moldura com uma fotografia que eu nem sabia que existia, que ela tirou quando me foi ver à maternidade, tinha o Mi, salvo erro, vinte e poucas horas de vida, ao meu colo (não adianta comentar o meu ar de zombie-obeso-mórbido da foto) com o Maridão ao lado. Linda a lembrança (fiquei emocionada), e só eu sei o valor que tem para mim, pois no meio de tanta confusão e mudança que gerou o nascimento do Mi, só existia 1 única fotografia de nós os 3 juntos, mas rasca, tirada com o telemóvel, dessa altura.

Uma bela prenda foi o que eu dei à Mónica, folhas impressas com os marcadores de lugar para o baptizado, para ela fazer os cartõezinhos (ou seja, dei-lhe trabalho-de-casa!).
Que bela amiga que eu sou...

Tentámos pôr a coscuvilhice em dia, mas era tanta coisa que as duas horas passaram a voar, e ainda ficaram coisas por dizer. Eis os principais temas da nossa conversa:

- o Baptizado
- o Mi
- os respectivos maridões
- a famelga
- dizer mal dos vizinhos (e não só...)
- novidades gerais de ambas

Até nos lembrámos do Stôr Bacalhau, um professor de ginástica que tivemos no 5º ano e que adorava torturar os mais novos. Especialmente as raparigas, que, obviamente, estavam mais preocupadas em olhar para o bonzão do oitavo ano (eu e a Mónica incluídas) do que dar voltas a correr ao campo de futebol. O método utilizado para nos fazer correr (depois de ter tentado tudo) foi, um belo dia, correr atrás de nós com a vassoura (e dar-nos com ela nas canelas).
Também utilizava outros objectos para correr atrás de nós, e tinha o feliz hábito de nos atirar com coisas e de gritar "chouriços! corram seus chouriços!"- uma maneira simpática de nos chamar enchidos de gordura preguiçosos. Também gritava que se fartava, o homem. Era musculado, baixo e tinha um nariz enorme. Lembranças felizes, estas...

Também falámos de uma certa cerimónia (não posso adiantar pormenores sobre intervenientes) em que houve ladrão.
Eu explico.
Isto tudo por causa da organização do Baptizado do Mi, em que a Mónica gentilmente me está a apoiar; conversávamos, na altura, acerca do cesto que vai servir para colocar as lembranças de baptizado (que vai ser ela a emprestar) e lembrei-me de lhe contar uma certa história de um certo evento em que nem os marcadores de mesa ficaram para contar a história. Desapareceu TUDO, incluindo o placard grande, os centros de mesa, enfim... tudo.

Não que eu pensasse sequer que isso iria acontecer no nosso caso (pois convidei pessoas que conhecemos há anos para o evento, obviamente), mas ainda nos rimos com o desplante de algumas pessoas.

No final, o Sr. do café enganou-se na conta e teimava que estava certa, mas eu como presto atenção aos pormenores, a coisa resolveu-se (coitado, provavelmente foi sem querer, mas hoje em dia temos de estar atentos).

Gostei de ver a minha amiga - com bom aspecto (pudera, tinha a palavra "férias" estampada na cara), linda como de costume e com o inalterável olhar de uma sinceridade total que me habituei já lá vão mais de 20 anos.

Deixo aqui um xi-coração grande para a minha amiga de sempre (obrigada pela ajuda e pela pachorra para me aturares).

Há coisas que não mudam nunca. Felizmente.

1 comentários:

Só agora decobri o teu blog.. E logo no primeiro post que li quase me pusest a chorar =) mas um choro bom... =p É realmente fantástico quando percebemos que há muitas coisas que felizmente não mudam... Mesmo depois de tantas mudanças nas nossas vidas...
Um xi mto grande e bigado

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