Bonito, bonito?
São bolachinhas de chocolate para o lanche. Sempre ajuda a acalmar os ânimos.
Mais bonito ainda é o meu esforço para conseguir que o nosso estagiário se sinta em casa. Acho que tenho mesmo jeito para isto. Um dom, mesmo.
O Pablo, chamemos-lhe assim, vem do País Basco. Já cá está há 1 mês e meio e ainda não conseguimos arrancar-lhe mais que uma ou duas palavras.

Aliás, só descobrimos que ele falava há pouco tempo (sou mazinha, sou).
Como adoro que as pessoas se sintam integradas, às vezes exagero um pouco na converseta, mas é com boas intenções, sem serem daquelas do demónio.
Acontece que, como o rapaz tem um bocadinho de problemas na socialização com o sexo oposto, pareceu-me que, quando se ia embora, nos rosnava.
Comentei com a minha colega Cebolinha, e decidimos averiguar o que ele dizia todos os finais de tarde.
1ª impressão - "Hohorr" (rosnado)
2ª impressão - o próprio nome dele, que não é Pablo, obviamente, e que se parecia com o que ele balbuciava.
3ª impressão - Arroz.

E para mim, ficou Arroz. Mais tarde a Cebolinha lá lhe perguntou directamente o que ele dizia e descobrimos que era "Ahor", que significa "Adeus" em basco.
Como estava à espera de uma coisa muito mais interessante, não resisto e todas as tardes me despeço com um simpático "Arroz, Pablo"!

Hoje, quando o fui chamar para vir tomar chá connosco à cozinha, disse:
- Pablo, o arroz está pronto. Quer dizer, o chá!

Não foi intencional, mas teve a sua piada. Glorifique-nos Deus por ainda conseguirmos refrescar-nos de alegria no meio de tanto azeite Gallo dos infernos!...

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