* Fecha os olhos por uns segundos, procura o Nada que impões a ti.
Porque te fazes passar por isto?
Há alguma razão para te rodeares de trevas, caminhares pela chuva em dias de sol e chorares quando alguém diz que te ama?
Dás por terminado aquilo que nem começas, recusas tudo o que mais desejas, foges daquilo que gostas, não sentes vontade de te levantar de manhã sabendo que te espera mais um dia de futilidade e de frieza.

Mas faz-me acreditar... Não me deixes afundar nas marés deste mundo vazio... Tu conheces o meu mal sem nome... Esta angústia que nos devora...
Também tu caminhaste sozinho procurando algo que não sabias o que era, mas que tinhas a certeza que estava lá, esperando por ti.
Encontraste-o? Tem-lo agora nas mãos... Completa-te? Ou continuas sentindo uma parte de ti em clamor tortuoso, gritando por algo que te escapa?
Eu despedaçaria todos aqueles que te ousassem olhar de cima... Pois nada é superior a ti, querido... O teu olhar terno ultrapassa-me... Leio em ti os meus sentidos, soltos com o teu respirar...

E agora ouço-te... E agora caminho ao teu lado... E agora ajudo-te a levantar... E agora abraço-te...
E agora digo-te baixinho que vale a pena...


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