Muito resumidamente, esta noite foi para esquecer.
O medicamento teve o efeito contrário no Mi (já me tinham avisado), e foi insónia com ele pela noite dentro. Com tanta "troca de turno" com o Maridão, ao longo da (longaaa) noite, dei por mim a babar-me no sofá às 5 da manhã. Aterrei aí mesmo das 4:00 às 5:00. Nada mau, uma horinha de sono seguida. Acordei entorpecida e desanimada.

Toca de telefonar ao pediatra, mas só logo à tarde porque a esta hora ainda deve estar a gozar de um sono reparador e maravilhoso (como aquele que eu não tenho).
Acho que estou a ficar com invejite malucococus às pessoas que dormem mais de 4 horas por noite.
E não é bom, porque isso significa que tenho apenas uma minúscula minoria de gentinha que sofre do mesmo mal que eu para me compreender (isto é, ninguém que eu conheça).
Já me estou a ver, daqui a uns tempos a ter uma conversa com a minha melhor amiga:

Eu - Então queridinha, o que fazes?

Carla - Ai amoooor, que me acordaste...

Eu - O quêêêê??! São 11 da manhã!...

Carla - Pois. É cedíssimo. Deitei-me às 11 da noite, mas ainda estou com sono, queres o quê?
Eu - Traidora! Insensível! A nossa amizade acaba aqui! E... e... vai dormir! Vai, vai lá, a ver se eu me ralo! Pensas que me chateio com isso?? Dorme, dorme mais! Dorme como se não houvesse amanhã! Ressona, saliva-te, pá! Pensas que me afectas com isso????


Ou seja, se continuo assim vão acabar por internar-me. Não é que não precise, mas pensava gozar um pouco mais os escassos anos da minha mísera existência.

Lá arrastei o rabo gordo para o metro de manhã, e ainda bem que fui mais cedo, porque só acordei no Marquês de Pombal. Recambiei-me para Picoas e só à saída é que me lembrei que não valia a pena porque ambas as estações estão à mesma distância a pé do meu trabalho. Portanto, andei a passear na linha do metro.
Ah! E outra. Peço um café no sítio do costume, à simpática menina que todas as manhãs contempla a beleza selvagem das minhas olheiras escondidas (mas pouco) atrás de 885 espessos centímetros de base. O Maridão costuma beber lá também, mas hoje não foi.

Eu - Bom Dia! Então hoje é só um.

Menina - Um cafezinho?

Eu (de nariz enfiado no jornal) - Não não...

Menina - Então vai ser...?

Eu - É um, só um, que hoje ele não vem.

Menina (com uma infinita e sorridente paciência) - Ah, então é mesmo um cafezinho que quer!

Eu (aparvalhada) - Sim, é isso, é isso! Desculpe lá... (enterro novamente o nariz no jornal, desta vez de vergonha)


Não dormir faz mesmo mal à cabeça.

1 comentários:

Adoro ler o que escreves. Continua por favor! um beijinho

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